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Jayme Fonseca faz balanço dos primeiros 70 dias de gestão como prefeito de Carolina

Foto do escritor: reginaldorodrigues3reginaldorodrigues3

Atualizado: há 3 dias

O Cazumbá entrevistou o prefeito de Carolina, principal cidade turística do sul do Maranhão, para fazer um balanço dos seus primeiros 70 dias à frente da administração municipal. Jayme Fonseca falou sobre os desafios herdados da gestão anterior, como a dívida pública, problemas na saúde e na educação, além das estratégias para desenvolver o turismo e outras áreas essenciais para o município.

Confira a entrevista na íntegra:


Cazumbá: Prefeito Jayme Fonseca, como foram esses primeiros 70 dias de gestão?


Jayme Fonseca: Foram 70 dias de muito trabalho e empenho. Temos uma equipe técnica muito competente, formada por profissionais que conhecem bem as demandas da cidade.


No entanto, encontramos o município em uma situação caótica, já que a gestão anterior deixou muito a desejar. Para se ter uma ideia, não houve uma transição adequada, o que nos obrigou a entender, aos poucos, as prioridades mais urgentes. Não tem sido fácil, mas os primeiros resultados já podem ser vistos nas ruas.


Cazumbá: Sem uma transição organizada, como o senhor conseguiu colocar a máquina pública para funcionar?


Jayme Fonseca: A falta de uma transição adequada impediu que tivéssemos um diagnóstico real do município desde o início, o que poderia ter evitado muitos desgastes. Essa situação afetou diretamente os servidores, com salários atrasados e outras dificuldades. Ainda estamos corrigindo esses problemas.


Cazumbá: Além dos salários atrasados, a sua gestão também herdou problemas com consignados não repassados aos bancos?


Jayme Fonseca: Sim, e essa questão é muito séria. Estamos trabalhando para regularizar tudo até março, mas a situação é preocupante. Há funcionários prejudicados porque os valores descontados em folha não foram repassados aos bancos. Isso gerou cobranças indevidas, e agora temos que assumir essa responsabilidade.


Além de resolver a questão financeira, estamos encaminhando os casos para a Justiça, para que sejam tomadas as devidas providências.


Educação

Cazumbá: A educação é outro setor problemático, especialmente o transporte escolar. Como está essa situação hoje?


Jayme Fonseca: A educação em Carolina enfrenta dificuldades sérias. Um exemplo é o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB). Os repasses são calculados com base nos dados do ano anterior e, infelizmente, Carolina foi um dos municípios investigados por registrar matrículas fantasmas.


Essa irregularidade reduziu drasticamente os recursos: em 2024, o município recebeu R$ 55 milhões; já para 2025, o valor caiu para R$ 30 milhões. Gerir a educação com uma redução de quase 50% nos repasses será um grande desafio.


O transporte escolar também enfrenta dificuldades. Muitas estradas ainda precisam de melhorias, e a situação se agravou com as fortes chuvas e pontes em estado precário.


Cazumbá: Como sua gestão está resolvendo esse problema?


Jayme Fonseca: Estamos trabalhando para minimizar os impactos. Herdamos um município com estradas destruídas, mas estamos ajustando o que for possível para garantir um ano letivo sem prejuízo aos alunos. Se for necessário, remanejaremos recursos de outras áreas para cobrir despesas urgentes da educação.


Cazumbá: Muitos estudantes de Carolina fazem faculdade em outras cidades, como Araguaína (TO), e enfrentam dificuldades para custear o transporte. Como sua gestão pretende ajudar esses alunos?


Jayme Fonseca: Sabemos das dificuldades financeiras das famílias, por isso disponibilizamos transporte gratuito para os universitários. Embora Carolina ainda não tenha uma universidade, temos planos para atrair instituições de ensino superior no futuro.


Saúde


Cazumbá: A saúde pública também foi encontrada em situação crítica. O que foi feito para mudar esse cenário?


Jayme Fonseca: A situação da saúde era de total abandono. Encontramos postos de saúde fechados, falta de médicos e prateleiras vazias na farmácia básica. No hospital municipal, nem dipirona para crianças havia.


Além disso, recebemos apenas uma ambulância funcionando, mas sem manutenção. Precisamos fazer reparos urgentes para garantir o transporte dos pacientes e estamos trabalhando para recuperar outra ambulância que estava abandonada há anos.


Cazumbá: Carolina tem médicos suficientes para atender a população?


Jayme Fonseca: Hoje, já contamos com atendimento médico 24 horas e diversas especialidades.


Cazumbá: Com a queda da ponte em Estreito, o tráfego aumentou muito em Carolina. Como isso impactou a cidade?


Jayme Fonseca: A cidade se tornou um corredor para o tráfego interestadual, e o movimento cresceu cerca de 600%. Isso sobrecarrega nossa infraestrutura e aumenta os riscos sanitários. Solicitamos apoio ao Ministério da Saúde, que enviou uma equipe para avaliar a situação. Agora, aguardamos providências.


Parcerias e Infraestrutura

Cazumbá: O senhor tem buscado parcerias institucionais para melhorar a cidade?


Jayme Fonseca: Sim! Administrar Carolina sem parcerias com o governo federal, estadual ou com parlamentares seria inviável. O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) não é suficiente para cobrir todas as necessidades.


Cazumbá: O senhor já definiu as estratégias para buscar esse apoio?


Jayme Fonseca: Com certeza! O prefeito precisa sair da cidade e buscar recursos em Brasília e São Luís. Estamos trabalhando nisso e já conseguimos boas parcerias.


Cazumbá: O Senhor pode nos adiantar o que pode vir?


Jayme Fonseca: O governo do Estado se comprometeu com uma unidade do colégio militar, um batalhão de turismo, um restaurante popular e uma nova ambulância para Carolina. Também buscamos investimentos para um matadouro municipal, que está em situação precária.


Turismo


Cazumbá: O turismo é um dos principais motores da economia de Carolina. Há projetos para fortalecer esse setor?


Jayme Fonseca: Sim, temos muitos planos! Um dos projetos é a construção de uma orla na cidade para aproveitar o belíssimo pôr do sol do sul do Maranhão. Queremos revitalizar o lago da represa, que está abandonado há anos. Também estamos em contato com o Ministério do Turismo e outros parceiros para fortalecer a Chapada das Mesas como destino nacional e internacional.


Cazumbá: Qual a importância de Carolina no cenário turísticoestadual hoje?


Jayme Fonseca: Carolina é um dos maiores destinos turísticos do Maranhão e tem um potencial extraordinário.


Infelizmente, ainda falta uma política pública eficiente para desenvolver o turismo de maneira profissional. Nosso objetivo é mudar isso, unindo a iniciativa privada e o poder público para atrair mais investimentos e visitantes.


Cazumbá: O senhor acredita que Carolina tem sido bem promovida turisticamente?


Jayme Fonseca: Ainda há muito a ser feito. O governo do Estado tem um foco muito forte nos Lençóis Maranhenses, o que é compreensível, mas gostaríamos que a Chapada das Mesas também fosse mais divulgada.


A região de Carolina tem belezas únicas e pode ser um grande atrativo para o turismo nacional e internacional. Estamos buscando assessoria para estruturar um plano estratégico e, em breve, esperamos colher os frutos desse trabalho.


Considerações finais


Os primeiros 70 dias da gestão de Jayme Fonseca foram marcados por desafios, mas também por avanços. Com uma equipe técnica comprometida e parcerias institucionais em andamento, o prefeito acredita que, apesar das dificuldades, Carolina tem potencial para crescer e se tornar um exemplo de desenvolvimento sustentável no Maranhão.


Fotos: Recortes das Redes Sociais/Reprodução


 
 

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